ROTARY EM PENICHE
Os eventos do clube
AS PLANTAS NA OBRA LITERÁRIA DE CAMÕES
É o título da palestra que o Snr. Professor Dr. Jorge Paiva , a convite do nosso clube e da Arméria, veio proferir no auditório municipal.
Foi entusiasmante ouvir a forma como o Snr. Professor descreveu, do seu ponto de vista, a relação entre as plantas que camões citou ao longo da sua obra e a sua vida, quer amorosa, quer de viajante.
Tudo isto acompanhado de uma singeleza de estar ao mesmo tempo que revelava um profundo conhecimento acerca do que falava.
A assistência manifestou o seu entusiasmo mostrando-se disposta a continuar.
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COMBATENDO A PARALISIA INFANTIL
O Rotary Club de Peniche comemorará o progresso histórico na erradicação global da pólio e incentivará a comunidade a apoiar o trabalho que falta para acabar com a paralisia infantil de uma vez por todas.
São milhares os eventos organizados por Rotary Clubs no Dia Mundial de Combate à Pólio.
Em 24 de outubro de 2019 — Os rotários de Peniche estão em ação no Dia Mundial de Combate à Pólio para aumentar a conscientização pública, angariar fundos e apoiar a luta contra a paralisia infantil, que ainda ameaça crianças em certas partes do mundo, mas pode ser prevenida com a vacina.
Na época em que o Rotary e seus parceiros lançaram a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, mais de três décadas atrás, a doença paralisava 1.000 crianças por dia. O progresso feito desde então foi muito grande, resultando na redução de 99,9% dos casos. Em 1988, havia 350.000 em 125 países; em 2018, apenas 33 em dois países: Afeganistão e Paquistão.
O Rotary e seus parceiros precisam manter esse progresso e continuar vacinando todas as crianças contra a poliomielite. Sem o compromisso político e o apoio financeiro, a doença pode voltar a países onde ela já foi erradicada e colocar muitas vidas em risco. O Rotary comprometeu-se a arrecadar US$50 milhões por ano para apoiar iniciativas contra a pólio. A Fundação Bill e Melinda Gates prometeu equiparar tal valor na proporção de 2:1, totalizando US$150 milhões.
Desde 1985, o Rotary já contribuiu com mais de US$1,9 bilhão para a causa, inclusive com a participação dos rotários de Peniche, através de verba na sua quota mensal, que faz parte do apoio, como, ainda, através de iniciativas várias que têm sido feitas ao longo da existência do clube.
Sobre o Rotary.
O Rotary é uma rede global de voluntários que se dedicam a vencer grandes desafios da humanidade. Seja ajudando famílias menos privilegiadas ou lutando para erradicar a pólio no mundo, seus associados causam mudanças positivas local e internacionalmente. Para mais informações sobre a organização e seu trabalho para eliminar a pólio, consulte endpolio.org. ou os elementos que constituem o nosso clube.
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RESUMO DA NOSSA PALESTRA
AS PLANTAS
NA OBRA POÉTICA DE CAMÕES
(ÉPICA e LÍRICA)
Jorge Paiva
(Biólogo)
Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet. University of Coimbra
jaropa@bot.uc.pt
RESUMO
Na época camoniana, as plantas mais conhecidas e citadas na literatura, não eram tanto as plantas comestíveis ou ornamentais, mas mais as plantas medicinais. Como os Lusíadas foram escritos, quase na totalidade, no Oriente e centrados nos Descobrimentos, tem como base as plantas asiáticas, particularmente especiarias e medicinais; a Lírica como foi, maioritariamente, escrita em Portugal e centrada no amor e paixão, as plantas referidas são europeias, particularmente as flores destas. Numa e noutra obra o poeta raramente cita as mesmas plantas, mas quando isso acontece, fá-lo com significado diferente. Como Camões viveu a sua grande paixão durante os treze anos que esteve em Coimbra (1531-1544), de onde partiu aos vinte anos, a maioria das plantas referidas na Lírica são plantas dos campos do Mondego. O mesmo acontece no episódio da “Ilha dos Amores” dos Lusíadas (Canto IX, 18-95; X, 1-143) e no de Inês de Castro (Canto III, 118-135).
Camões, conhecia, seguramente, não só obras gregas sobre plantas, particularmente o tratado “De materia medica” (64 d.C.) de Pediamos Dioscórides (40-90 d.C.), como também os “Coloquios dos simples, e drogas he cousas mediçinais da Índia…” (1563) de Garcia de Orta, por quem acalentava uma afectuosa amizade e admiração.
Apesar de se saber isso, não é fácil determinar com exactidão todas as plantas referidas por Camões em toda a sua obra poética (Épica e Lírica), pois a maioria das vezes refere-as não só de forma poética, como também utilizando a sua admirável arte de derivar (ele próprio afirma que os seus versos são “derivações”) com extraordinários malabarismos linguísticos.
Além de algumas plantas invulgares e, ainda hoje, pouco conhecidas, referimos algumas com raras particularidades e apresentamos uma lista de nomes científicos das plantas mencionadas nos Lusíadas e outra das mencionadas na Lírica.
Num trabalho sucinto, não é possível abranger a vasta obra completa de Luís de Camões. Assim, abordaremos algumas das plantas mais invulgares referidas nos Lusíadas e praticamente todas as citadas na Lírica. Aliás, é nos Lusíadas que o poeta mais plantas menciona (cerca de cinco dezenas), na maioria asiáticas e aromáticas. Na Lírica refere muito menos espécies de plantas (cerca de três dezenas e meia), maioritariamente, europeias campestres e ornamentais.
Para determinados poemas polémicos, por haver (ou ter havido) críticos literários que os consideram camonianos e outros não, as plantas citadas nessas obras poderão auxiliar na autoria de Camões ou não. É, por exemplo, o caso do “Vergel de Amor”. Nesta poesia, citam-se, por vezes, muitas plantas por estrofe, o que não é característico de Camões e mencionam-se muitas plantas que não encontramos citadas em toda a obra poética indubitavelmente camoniana, como, por exemplo, as boas-noites (Mirabilis jalapa L.), nativas do Perú e não conhecidas na Europa na época camoniana e o girassol (Helianthus annuus L.), também nativo do Continente Americano; assim como plantas dos montes, como as giestas (Cytisus spp.), e os rosmaninhos (Lavandula spp.).
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O SNR,PROF. DR. JORGE PAIVA VEM A PENICHE A CONVITE DA ARMÉRIA/ROTARY CLUB DE PENICHE
Numa parceria que já vem de longa data a Arméria e o Rotary Club de Peniche têm a felicidade de contar com a colaboração do Snr. Prof. Dr. Jorge Paiva, cujo resumo curricular se reproduz:
"Nascido a 17.09.1933, em Angola, licenciado em Biologia e doutorado em Recursos Naturais e Meio Ambiente, já aposentado, foi investigador principal na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, onde leccionou algumas disciplinas; foi também professor convidado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, e nas Universidades de Aveiro, da Madeira, Vasco da Gama (Coimbra) e Vigo (Espanha).
A sua actividade científica e em defesa do meio ambiente foi já distinguida com vários prémios.
Publicou trabalhos sobre filotaxonomia, palinologia, biodiversidade e ambiente.
Apresentou variadas comunicações e proferiu diversas conferências em congressos e acções pedagógicas."
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PROGRAMA DO MÊS DE OUTUBRO